sábado, 14 de junho de 2014

O mal



Há tempos percebe-se o pulsar
Do meu coração a metros
E o meu estomago embrulhar
Quando balbucia amores incertos


E o meu erro foi acreditar
Que seria maná os teus desertos,
Foi inocente esperar
Teus abraços de braços abertos,


Mas eis o mal de amar
Acabar sendo erro os teus acertos
E teu plano no fim falhar


Mesmo mantendo os olhos abertos.
Imagino que na escada vais me esperar
Com as ações da indiferença cobertos


Elizabeth Lourenço

sábado, 5 de abril de 2014

Por aí



Ao fitar sua luminosa manhã,
Ao sentir sua brisa esvoaçante,
Apreciar sua madrugada gritante,
Achei a parte em mim, ainda, sã.


Estive feliz quando procurei,
Esqueci a parte dolorida.
Mas a tristeza estava vívida
No fundo ela ainda não sarei.


Quase não durmo mais,
A ferida lateja em mim
Tira minha paz..


E triste ando por aí,
Mostrando a todos
Que ainda não sei onde ir...


Elizabeth Lourenço


quinta-feira, 13 de março de 2014

Poeme-me



Meu coração bate em demasia,
Contemplo o branco,
Nele -inteiramente- me lanço
E sinto na dor uma anestesia


E se a alegria me enche
-De coisas que advim-
Tudo envolta de mim
Tornam-se poesias assiduamente


E nesse colapso,
Nesse desencontro,
Sempre me disfarço


Eis um lapso!
Não me amedronto,
Mas sim, me encontro


Elizabeth Lourenço

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O mal



Há tempos percebe-se o pulsar
Do meu coração a metros
E o meu estomago embrulhar
Quando balbucia amores incertos


E o meu erro foi acreditar
Que seria maná os teus desertos,
Foi inocente esperar
Teus abraços de braços abertos,


Mas eis o mal de amar
Acabar sendo erro os teus acertos
E seus planos no fim falhar


Mesmo mantendo os olhos abertos.
Imagino que na escada vais me esperar
Com as ações da indiferença cobertos


Elizabeth Lourenço

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Soneto à noite




Tuas mãos em meu corpo eu senti,
Depois de confirmar o teu pedido,
Teus olhos em mim eu abri,
Para que fitasse o que tinha conseguido.


Senti dentes, unhas, paixão...
E no quarto escuro, onde estava,
Por momentos parecia sem chão!
Enquanto seu toque me olhava


As grades -em mim- se abriram,
Soltaram famintas feras.
Esqueço o que um dia houveram


Comigo as chamadas: restrições.
Vejo, tal qual lobo frente a caça
Minha vontade, alimento-me sensações;


Elizabeth Lourenço

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Conselho a mim



Quando fica-se triste por gostar,
E no âmbito desse aceitar
A tristeza, é certo que sisudo
É teu coração, por ter voz de mudo...


Gritando por ações precárias,
Suspeitas instigantes e falhas,
Que te assoalham breve
A mente, que procura ser leve!


Varra com tuas seduções minha vontade,
Abolíeis as correntes do faltar,
Ressuscita o que o mataste...


Pois o habitual me faz pensar
Que a insignificância anula,
Mas de tão usada passo a amar...

Elizabeth Lourenço

domingo, 5 de janeiro de 2014

Luzes do jardim



Tentei te salvar
De você mesmo,
Apaguei a luz do lugar
Onde guardava o seu medo...


Seu jardim quis aguar,
Usei o meu pranto.
Sua terra adubar,
Usei de meu íntimo...


O que floresce são
Lamentos! Saio de ti...
Vou cuidar do meu coração


Esse que já não te pertence,
Ouço queixas, aflição!
Eis que tu acende a luz novamente...



Elizabeth Lourenço